24.10.10

Tower of Doom - Retroanálise


Lançado em 1987, Tower of Doom é um jogo com uma profundidade do qual eu nunca esperaria encontrar na Intellivision, estamos a falar afinal de uma consola que ficou conhecida pelos seus clones de jogos como Pac-man e Space Invaders. Tower of Doom é na sua essência um dungeon-crawler como Diablo ou Rogue, mas este apresenta-nos com algumas ideias absolutamente originais, especialmente se tivermos em conta a sua época e consola.
O jogo tem como objectivo escapar da Tower of Doom, esta pode ter entre 6 a 32 pisos dependo da dificuldade que escolhemos e daí teremos de explorar a torre.


Quando iniciamos o jogo a primeira coisa que reparamos são os 3 ecrãs em simultâneo que nos aparecem, estes são um mapa que se vai desvendando à medida que exploramos a torre, o nosso inventário que contêm todo o equipamento que encontrámos e a visão geral do jogo onde controlamos o nosso personagem. Existem dezenas de armas, itens, poções, armaduras e até armadilhas espalhadas por cada piso, ao principio sentimos-nos algo confusos porque não sabemos quais são os efeitos de nenhum destes objectos, até porque muitos dos objectos que encontramos possuem efeitos maliciosos como poções que nos retiram força ou que nos tornam mais lentos, como tal é aconselhável que disponham de um papel e caneta para anotarem quais os itens que não devem apanhar, até porque muitas vezes estes apenas diferem na sua cor.

O combate é uma das maiores proezas gráficas que já vi na Intellivision, quer o nosso personagem quer os seus inimigos são muito detalhados e com excelentes animações (tendo em conta o sistema é claro), infelizmente esta é o maior elogio que o posso atribuir, isto porque o combate é muito superficial, só temos um ataque e apenas no podemos mover para a direita ou para a esquerda, no entanto se quisermos evitar os inimigo podemos subornar-los com tesouros ou outros objectos que vamos encontrando.


O sistema de level up do jogo é bastante diferente do que estamos habituados, isto porque não existem  “pontos de experiência” como nos outros RPG, em vez disso ganhamos experiência ao coleccionarmos tesouros, o problema é que estes também podem ser usados para subornar os nossos inimigos, como tal teremos de fazer escolhas, outro aspecto interessante passa pela evolução dos nossos “stats”, cada vez que matamos um monstro a nossa força sobe mas a diplomacia desce, por outro lado ao subornamos um inimigo presenciamos o inverso, esta tarefa é dificultada pelo facto que nem todos os monstros podem ser mortos. Outro aspecto a ter em consideração é a alimentação do nosso herói, se este não se alimentar eventualmente começamos a perder pontos de vida, se aliarmos isto tudo às armadilhas, poções e itens cujos os finais não os conhecemos até ser tarde demais, Tower of Doom demonstra ser um dos jogos mais complexos do seu tempo.


Tower of Doom é um daqueles jogos que nunca ouvimos falar antes mas quando o experimentamos ficamos agarrados, felizmente este está disponível no game room do Xbox live arcade por apenas 240 MS points (3€), tornando esta uma aquisição obrigatória.

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*Este artigo fez parte integrante da PUSHSTART n.º2, ler mais aqui ou download aqui

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