20.10.10

Manic Miner - Retroanálise


Em homenagem aos mineiros presos na Mina no Chile aqui vai a retroanálise de Manic Miner (e, apesar da brincadeira, desejamos  que sejam resgatados em segurança!). Este é um daqueles jogos que definem uma geração. Manic Miner relata as aventuras de um mineiro preso nas mais estranhas minas que já alguma vez se viu (vendo bem as coisas, os mineiros no Chile até não estão com muito azar comparativamente a este).

Em cada Câmara das minas deparamo-nos com os mais estranhos inimigos, desde telefones saltitantes a focas com uma bola no nariz e a sanitas com vontade de nos morder.

A jogabilidade é simples. Este é um precursor dos jogos de plataformas em que cada nível se desenrola apenas num painel sem movimento em que temos que ir saltando de plataforma em plataforma tentando evitar os inimigos e apanhando a chave que nos dá acesso à abertura da porta em direcção à caverna seguinte. Em termos de dificuldade este jogo é impiedoso, um pequeno toque num dos “monstros mutantes”, (quero acreditar que é isso que todas aquelas estranhas criaturas são) ou nas armadilhas espalhadas pelo cenário, faz-nos perder imediatamente uma vida e recomeçar o nível. O número de vidas também não é, nem de longe, abundante.A única estratégia é observar muito bem os padrões de tudo que se mexe no ecrã e com timing perfeito descobrir uma das poucas hipóteses diferentes de conseguir acabar cada nível.

Nem todos os jogos antigos conseguem manter-se atractivos hoje em dia. Vistos agora, os Jogos de Spectrum têm gráficos arcaicos, poucas cores e loading caracteristicamente horrível. Se o jogarem no verdadeiro ZX Spectrum com a cassete no leitor e ouvirem durante 10 minutos algo semelhante a isto: zzzzzzzzxxxxxxxtttttttt trxxxxxxxiiiiiiii ZXXDFsdsmmxxm ajjweeeee. Apesar de tudo são jogos que trazem bastante nostalgia. Ainda hoje aprecio jogar o Manic Minner, não só pelas recordações que traz mas porque continua a ser um bom produto.

Existem diversas versões do jogo na net e são recriações fieis do original que valem a pena jogar. Tenho conhecimento de uma versão recente para a Nintendo DS em que os gráficos receberam uma actualização mas os níveis são idênticos. Esta versão facilita ligeiramente as coisas pois tem um sistema de password que não nos obriga a voltar ao início do jogo quando perdemos todas as vidas.

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Na mesma onda de outros clássicos para a mesma plataforma como Chuckie Egg e Snowman, Manic Miner é, sem dúvida, o meu preferido do conjunto e algo que merece continuar a ser jogado.

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*Este artigo fez parte integrante da PUSHSTART n.º2, podem ler a revista aqui ou fazer o download aqui

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