25.11.09

BLOOD - Retroanálise


Se o leitor tem acompanhado as minhas análises então é provável que tenha denotado que eu dou prioridade a jogos mais pausados e que nos obrigam a pensar, no entanto existem aquelas ocasiões em que sou confrotado com um jogo de acção que me deixa colado ao ecrã e me faz perder toda a noção do tempo e "Blood" é um desses casos.

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RETROANÁLISE

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Lançado em 1997 e criado pela Monolith e 3D Realms (esta ultima criou o Duke Nukem) Blood é não só um dos melhores FPS do seu tempo mas é também um dos jogos mais sangrentos da sua época.

O jogo em si não nos proporciona uma grande história, sabemos que a personagem principal foi condenada à morte por um demónio e que anos mais tarde voltamos à vida por uma razão não-especificada, a partir desse momento o nosso objectivo consiste em matar tudo o que se mexe. Podem ser zombies (seguidores desse culto) ou gargulas, espíritos, demónios... Não importa, se vires movimento então dispara e assiste ao banho de sangue que se segue.

Quando o jogo começa estamos apenas armados com uma forquilha, mas espalhados entre os mais de 25 níveis encontramos armas comuns nos FPS como caçadeiras e metralhadoras, passando por granadas, dinamite e pistolas de sinalização(que queimam o nosso inimigo em alguns segundos) e acabando em armas verdadeiramente originais, como é o caso de um isqueiro e um spray de lata que resulta num lança chamas ou até armas mágicas como bonecos de vodoo. Mais impressionante ainda é o facto de que através de um power-up podem usar “dual-weilding”, ou seja a capacidade de usar duas armas ao mesmo tempo.

É impossível não adorar a acção de jogo, os inimigos em cada nível vêm às hordas, os seus gritos ao morrerem, o sangue que libertam e até as cabeças do zombies a saltarem vão vos deixar completamente satisfeitos. Os níveis são muito originais, temos cemitérios, comboios, parques de diversões, pólo norte, ambientes urbanos entre muitos outros, é só uma pena que os níveis iniciais sejam algo aborrecidos, pois as munições são muito escassas no inicio do jogo.

O jogo permite multiplayer, é claro que os servidores oficiais estão desligados à muito, mas isso não vos impede de procurar servidores não oficiais ou então de o jogarem em LAN (pessoalmente posso dizer-vos que matar um zombie e depois jogar futebol com a cabeça dele contra outro jogador foi das experiências mais interessantes que já tive).

Graficamente o jogo está soberbo, o jogo é escuro e ameaçador, os ambientes são interessantes e as animações bem feitas. Enquanto jogos como Doom forçam-vos a jogarem em resoluções baixas (normalmente 320x200) Blood permite-vos escolherem a vossa resolução, eu pessoalmente joguei-o em 800x600 (esta é a resolução básica de um jogo de PS2), quando tentei colocar o jogo em HD este deu-me glitches gráficos, mas aconselho-vos a tentar na mesma, pode ser que tenham mais sorte do que eu, no entanto lembrem-se que quanto maior a resolução mais o Dosbox irá exigir do vosso PC.

A minha única e verdadeira crítica ao jogo é a música, enquanto que os sons, gritos e explosões são muito satisfatórios a música é simplesmente irritante, independentemente do hardware de som que tentem emular a música será sempre irritante.

Eu adoro este jogo e recomendo-o, a sua dificuldade é bastante alta, mas o prazer visceral que proporciona é sem dúvida único.

Como sempre deixo aqui um link para poderem fazer o download do jogo BLOOD

Nota: O jogo requer 23MB de memória, infelizmente o dosbox tem como standard 16, parA resolverem este problema vão ao "dosbox configuration file" e onde diz memsize=16 escrevem memsize=32 caso contrário o jogo pode subitamente parar de funcionar. Para acederam ao ficheiro de configuração dosbox visitem o nosso tutorial dosbox e leiam as “perguntas possíveis”. TUTORIAL

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