29.1.10

DUNE - Retroanálise


Vagamente baseado num filme de mesmo nome (que por sua vez já era vagamente baseado num livro), Dune conta-nos a história de Paul Atreides, um nobre descendente da Familia ducal Atreides num futuro distante, neste universo a viagem espacial é possível através de uma especiaria chamada "Spice melange" (ou apenas spice), esta só pode ser encontrada num único planeta deserto e hostil á vida humana. Dentro deste contexto o imperador ordenou á tua familia para se estabelecer nesse planeta e minar essa especiaria. No entanto, os Harkonnen, uma familia baronial rival não está interessada em deixar isso acontecer. Para sobreviver Paul terá de recrutar os nativos do planeta e liderá-los contra os Harkonen.

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RETROANÁLISE
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Dune é um híbrido de jogos de aventura point n´click com estratégia em tempo real, aliás, é um dos primeiros jogos de estratégia em tempo real alguma vez criados, mas a sua fórmula é muito diferente dos RTS que jogamos hoje (os RTS actuais são descendentes da sua sequela Dune 2).
Nas áreas point-and-click temos que falar com os nossos conselheiros, lideres, comprar armas e equipamento a contrabandistas e explorar o planeta. Esta pesquisa é maioritariamente feita através de um ornithopter, uma máquina voadora cujo o nosso controlo é algo limitado, simplesmente dizemos para onde queremos ir e o piloto automático leva-nos lá, é conveniente que estejamos sempre acompanhados por algum conselheiro ou amigo pois estes possuem habilidades que nos serão úteis, como uma melhoria no moral das nossas tropas ou no seu treino.

Já na área RTS passamos para uma visão global de onde daremos ordens aos nossos soldados. Estes podem dividir-se em 3 ramos: recolha de especiaria (de onde vem o nosso dinheiro), militar e ecológico (este último no entanto tem uma utilidade questionável servindo maioritariamente para motivar os teus soldados). Todas as ordens que damos ocorrem em tempo real, de vez em quando somos obrigados a desperdiçar dias do jogo só para esperar-mos até as nossas tropas terem cumprido as suas ordens ou para chegarem a um local designado.

No SEGA MEGA-CD a falta de um rato é mais do que aparente, a nossa liberdade de movimentos é menor e demoramos mais tempo a dar as ordens que queremos, tornando-as assim numa maior tarefa do que estas deviam de ser.
Nas versões PC CD-ROM e SEGA MEGA-CD todo o diálogo é falado, os actores apesar de não serem comparáveis com os que vemos hoje em dia desempenham a sua função adequadamente. A música é das melhores do seu tempo, consistindo principalmente em remixes da banda sonora do filme (que por sinal é muito boa) mantendo todo o seu esplendor, o jogo no entanto não tem um único efeito sonoro o que afecta a imersão quando estamos por exemplo numa batalha.

As expressões faciais das personagens são as melhores que eu já vi até hoje num jogo de aventura desta época, estas são desenhadas de uma forma muito realista, mas também temos uma boa dose personagens com visuais excêntricos, este grafismo contrasta no entanto com todas as cidades, divisões do nosso palácio e áreas do planeta, que consistem apenas em imagens estáticas. Em ambos os sistemas somos agraciados com cenas do filme á medida que progredimos no jogo assim como videos em CG quando viajamos no ornithopter.
A versão mega-CD infelizmente peca por ter gráficos menos coloridos do que a versão PC (uma diferença de 64 para 256 cores para ser mais exacto).
A inteligência artificial do jogo não é das melhores, por isso não devem precisar mais do que um dia para a acabar o jogo e infelizmente sentirão pouca necessidade de voltar a joga-lo.

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DOWNLOAD DO JOGO
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DUNE (versão diskete)

DUNE (versão CD)

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