23.11.09

Fighting Vipers - Retroanálise


Polígonos e hormonas

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Este jogo teve a sua origem nas máquinas Arcade marcando posteriormente presença na Sega Saturn. Poderia ser um jogo de luta bastante genérico se não fosse a inclusão de algumas particularidades que o fizeram destacar-se da concorrência.

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RETROANÁLISE
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Além da barra de vida tradicional em todos os jogos deste género, existe uma representação esquemática da armadura de cada um dos personagens que se vai enfraquecendo conforme são atingidos. Quando certa parte da armadura passa nessa representação de verde para vermelho, significa que está prestes a partir-se. A inclusão deste elemento vai trazer um nível adicional de estratégia raramente presente nos jogos de luta pois leva a que se possa planear que parte da armadura enfraquecer de modo a deixar o personagem mais vulnerável…mas verdade seja dita, o facto de fazer cair pedaços das armaduras dos adversários nunca foi atractivo como forma de vencer o combate mas sim como forma de ver a lingerie sexy das três personagens femininas.

Aquando da saída deste jogo eu era um adolescente em pleno rebuliço hormonal. Esse facto, e este jogo, foram a razão porque escolhi na altura a Sega Saturn, em detrimento da Playstation (trocando para esta apenas com a saída de Dead or Alive em 1998…hum… é de notar um certo padrão nestas decisões lol). Tenho que concordar que a lutadora Candy (ver figura abaixo) despertou em mim um interesse especial por polígonos bem posicionados no design de personagens.

A adolescência é nostálgica e este jogo também o é por isso mesmo.

Candy, Candy…

Aiai…eram assim os bons velhos tempos!

Jogabilidade 8/10: Sempre preferi jogos de luta em 2D mas este, apesar de ser 3D, é também bastante agradável de ser jogado tendo uma mecânica ao género de Virtua Fighter e apresentando toda a experiência da Sega neste género.

Gráficos 7/10: Nota-se alguns erros gráficos por exemplo nas paredes que delimitam a arena de combate que têm tendência de “aparecer e desaparecer”, mas apesar do 3D já ter apresentado uma grande evolução desde essa altura, não é algo que assuste olhar. Destaque para a personagem Candy, claro está ;)

Som 6/10: Música e vozes bastante genéricas, não têm nada de muito memorável mas cumprem a sua função.

Avaliação Final 7/10: Este jogo teve uma sequela apenas nas Arcades além dum crossover com outros personagens emblemáticos da Sega Fighters Megamix (na Sega Saturn). Este último acabará por ser o jogo melhor e mais completo pois tem uma ampla quantidade de personagens com géneros diferentes de combate a escolher.


A mecânica dos jogos de luta tem-se mantido bastante constante ao longo do tempo pelo que, na minha opinião, os novos jogos de luta 3D são principalmente evoluções gráficas duma fórmula bastante repetida. Nesse sentido Fighting Vipers é um jogo que ainda hoje consegue proporcionar bons momentos de diversão misturando de forma genial porrada e mulheres em trajes menores tal como fizeram mais tarde Dead or Alive ou o hilariante (e terrível) Bikini Karate Babes.

Nota: Não apoiamos a violência doméstica mas lutas na lama são muito bem vindas ;)

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